Qual exame fazer para detectar catarata?

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A catarata é a maior causa de cegueira tratável nos países em desenvolvimento. Ela se constitui como uma denominação dada a qualquer opacidade do cristalino, conforme revela a Sociedade Brasileira de Oftalmologia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há aproximadamente 45 milhões de cegos do mundo, dos quais 40% ocorrem por conta da catarata.

É possível classificar as cataratas em congênitas precocemente ou tardia, ou adquiridas, sendo as manifestações de catarata ao longo da vida. Além disso, a localização da ocorrência pode classificá-la como nuclear, cortical ou subcapsular, e de acordo com o grau de opacidade, pode ser denominada como incipiente, madura ou hipermadura, conforme analisa a Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

As causas não estão ainda bem definidas, mas existe indicações de que o surgimento da catarata está associado à idade.

Ainda assim, algumas fatores de riscos podem acelerar o aparecimento de catarata, sendo alguns deles: medicamentos (esteróides), substância tóxicas como a nicotina, doenças metabólicas como diabetes, hipertiroidimo, galactosemina e doença renais, traumas e radiações UV também podem afetar, bem como doença ocular ou até mesmo infecções como toxoplasmose e rubéola.

Os sintomas mais comuns são a diminuição da acuidade visual, sensação de visão “nublada”, sensibilidade maior à luz e mudança frequente da refração.

O exame de tonometria de aplanação é ideal para se medir a pressão intra-ocular e auxiliar no diagnóstico da catarata. Caso a pressão esteja alterada, demais exames devem ser solicitados para o esclarecimento sobre a possível existência de um glaucoma associado ou não.

O mapeamento de retina ou oftalmoscopia indireta é indicada para detectar possíveis doenças ou fatores de riscos que possam comprometer o resultado terapêutico. A topografia corneana é recomendada em situações especiais, como em pacientes já submetidos a cirurgias refrativas corneanas.

A ecografia ou ultrassonografia do globo ocular é obrigatória quando há opacidade total dos meios transparentes do globo ocular com objetivo de avaliar o segmento posterior, ou seja, a cavidade vítrea, retina, coróide e nervo óptico.

A microscopia especular avalia o endotélio corneano, sendo ideal no pré-operatório, que irá definir a técnica e a estratégia cirúrgica a serem empregadas, bem como é utilizada no acompanhamento pós-operatório de cirurgia tríplice (catarata, implante e transplante).

Teste de sensibilidade ao contraste é comumente utilizado quando é uma catarata incipiente, porém, sintomática. Portanto, ocorre quando a medida da visão se encontra próximo do normal, mas o paciente reclama de alteração no desempenho visual quando varia a iluminação no dia-a-dia.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, existem exames justificáveis em situações especiais, com doenças associadas ou sistêmicas com repercussão ocular, sendo eles:

  • Retinografia fluorescente ou com indocianina verde: retinopatias, maculopatias;
  • Biomicroscopia do segmento posterior (pólo posterior/periferia): retinopatias;
  • Campimetria: glaucoma, retinopatias, neuropatias;
  • Paquimetria: ceratopatias;
  • UBM: doenças do segmento anterior;
  • Potencial visual evocado/eletroretinografia: neuropatias, retinopatias;
  • Tomografia de coerência óptica: doença de mácula e nervo óptico;

A catarata é uma doença que acomete preferencialmente pacientes da terceira idade. O cirurgião responsável, visando a segurança do paciente e com base em sua experiência profissional, deve indicar o melhor tratamento especializado para cada caso.

Fonte: Portal da SBO (sboportal.org.br)

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