Recentemente, o jogador Everton Ribeiro, ídolo do Flamengo e atualmente camisa 10 do Bahia, revelou que foi diagnosticado com câncer de tireoide após notar um pequeno nódulo no pescoço durante exames de rotina. Ele passou por cirurgia para retirada do tumor, que felizmente ocorreu bem, e segue em recuperação. O caso do atleta reforça a importância da detecção precoce, que aumenta significativamente as chances de tratamento eficaz e recuperação rápida.
O câncer de tireoide é um dos tumores mais comuns da região da cabeça e pescoço, apresentando alto índice de cura, especialmente quando diagnosticado precocemente.
O que é a tireoide?
A tireoide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço, responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo, crescimento e diversas funções do corpo.
Tipos de câncer de tireoide e riscos associados
- É três vezes mais comum em mulheres do que em homens;
- Dois em cada três casos ocorrem em pessoas entre 20 e 55 anos;
- Ao longo da vida, é comum que apareçam nódulos na tireoide. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), cerca de 60% da população adulta pode desenvolver nódulos, mas apenas 5% a 10% são malignos.
O câncer de tireoide pode se apresentar de formas diferentes, e cada tipo traz riscos específicos:
- Papilífero
- Tipo mais comum (80%).
- Cresce lentamente e geralmente tem ótimo prognóstico, mas pode se espalhar para gânglios linfáticos se não detectado cedo.
- Folicular
- Cerca de 10-15% dos casos.
- Pode se disseminar para ossos e pulmões, exigindo acompanhamento e tratamento adequado.
- Medular
- Mais raro (3-4%), às vezes ligado a síndromes genéticas.
- Risco de propagação para gânglios linfáticos e necessidade de cirurgia e monitoramento contínuo.
- Anaplásico
- Tipo raro e agressivo (<2%).
- Cresce rapidamente, com alto risco de complicações e mortalidade, exigindo cirurgia extensa, radioterapia e quimioterapia.
Principais riscos
Mesmo com bons índices de cura, o câncer de tireoide pode trazer complicações sérias se não detectado cedo:
- Crescimento do tumor: pode afetar a tireoide e a produção de hormônios, causando fadiga, alterações no metabolismo e ganho de peso;
- Propagação para gânglios linfáticos e órgãos distantes, especialmente nos tipos folicular, medular e anaplásico;
- Alterações na voz e dificuldade para engolir, se o tumor pressionar cordas vocais ou esôfago;
- Necessidade de tratamentos complexos, incluindo cirurgia adicional, radioterapia e uso contínuo de hormônios.
A detecção precoce é fundamental para reduzir os riscos e garantir um tratamento mais simples e eficaz.
Sinais de alerta
- Nódulo ou caroço no pescoço;
- Alterações na voz, como rouquidão persistente;
- Dificuldade para engolir ou sensação de garganta apertada;
- Dor no pescoço ou garganta que não desaparece;
- Aumento dos gânglios linfáticos;
- Tosse persistente sem causa aparente.
Segundo o Dr. Erivelto Volpi, especialista em doenças da tireoide e paratireoide:
"Muitas vezes, esses sintomas passam despercebidos ou são atribuídos a outras causas menos graves. Por isso, é fundamental procurar um especialista ao notar qualquer alteração persistente na região do pescoço”
Diagnóstico e detecção precoce
O caso de Everton Ribeiro mostra como exames de rotina e acompanhamento médico são essenciais. Entre os exames mais comuns estão:
- Exame físico, com palpação do pescoço
- Ultrassonografia da tireoide, para identificar nódulos
- Biópsia por aspiração com agulha fina, quando necessário
Prevenção e acompanhamento
- Realize avaliações periódicas com especialistas
- Observar mudanças no pescoço ou na voz
- Procure atendimento imediato caso surjam nódulos que crescem ou sintomas persistentes;
O acompanhamento médico regular é a chave para prevenção e detecção precoce!
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