O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, representando quase 30% dos novos casos anuais. Apesar de ser uma doença temida, o diagnóstico precoce aumenta em até 95% as chances de cura.
O que é o câncer de mama?
O câncer de mama acontece quando células da mama passam a se multiplicar de forma descontrolada, formando um tumor maligno. Essas células podem invadir tecidos próximos e, em casos mais graves, se espalhar para outras partes do corpo (metástase).
Embora seja mais comum em mulheres, também pode ocorrer em homens, mas é raro: a incidência neste grupo representa apenas 1% do total de casos da doença.
Tipos de câncer de mama: entenda as diferenças
O câncer de mama não é uma doença única, ele pode se manifestar de diferentes formas e graus de agressividade, o que influencia diretamente o tratamento e o prognóstico.
Os tipos de câncer de mama geralmente são divididos em duas grandes categorias:
Carcinoma in situ (não invasivo)
É o estágio inicial, em que as células cancerígenas ainda estão confinadas aos ductos mamários ou lóbulos, sem invadir tecidos vizinhos. O diagnóstico precoce nessa fase permite tratamento menos agressivo e altas taxas de cura.
Carcinoma invasivo (infiltrante)
Ocorre quando as células cancerígenas rompem a parede dos ductos ou lóbulos e começam a invadir o tecido mamário e, potencialmente, outras partes do corpo. É a forma mais comum de câncer de mama diagnosticada.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o câncer de mama incluem:
- Idade acima de 40 anos
- Histórico familiar da doença
- Primeira menstruação precoce ou menopausa tardia
- Uso prolongado de terapia hormonal
- Excesso de peso, tabagismo e consumo de álcool
- Sedentarismo e má alimentação
Importante: mesmo quem não tem histórico familiar deve manter os exames em dia, pois a maioria dos casos ocorre em pessoas sem antecedentes da doença.
Sinais de alerta que merecem atenção
Os sintomas podem variar, mas é essencial procurar um médico se notar:
- Caroço (nódulo) na mama ou axila
- Mudança no formato ou tamanho da mama
- Alterações na pele (vermelhidão, retração, aspecto de “casca de laranja”)
- Secreção anormal pelo mamilo
- Dor ou sensibilidade persistente em uma região específica
Tratamento
O tratamento depende do tipo e do estágio da doença. Pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou imunoterapia.
Hoje, a medicina evoluiu a ponto de permitir tratamentos personalizados, voltados ao perfil biológico de cada tumor, o que aumenta muito as chances de cura e reduz os efeitos colaterais.
Mas tão importante quanto o tratamento físico é o suporte emocional. O acompanhamento psicológico e o apoio familiar são fundamentais em todas as etapas.
Perguntas frequentes: Desmistificando os mitos sobre câncer de mama
Muitas mulheres têm dúvidas sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. A seguir, esclarecemos os questionamentos mais comuns.
“A mamografia causa câncer?”
Não! Pois a dose de radiação é extremamente baixa. A mamografia é o principal exame para detectar o câncer de mama em fase inicial.
“A mamografia é dolorosa?”
Parcialmente verdade. O exame pode causar desconforto momentâneo devido à compressão da mama, mas esse procedimento rápido é necessário para obter imagens de qualidade.
“A biópsia espalha o câncer?”
Não. A biópsia é o método mais seguro e confiável para diagnosticar e caracterizar tumores e definir o tratamento adequado.
“Se minha mãe ou irmã teve câncer de mama, isso me coloca em risco?”
Ter histórico familiar exige atenção redobrada, mas não significa que você terá a doença. Mulheres com parentes próximas afetadas podem precisar de rastreamento precoce ou até mesmo testes genéticos (BRCA1 e BRCA2), sempre sob orientação médica especializada.
“O autoexame substitui a mamografia?”
Não. O autoexame é uma prática importante de autoconhecimento e ajuda a perceber alterações na mama, mas não substitui os exames de imagem, como a mamografia ou ultrassonografia. Muitos tumores iniciais não são palpáveis e só podem ser detectados por esses exames. Por isso, a mamografia continua sendo a principal aliada na detecção precoce e uma das maiores responsáveis pela redução da mortalidade por câncer de mama nos últimos anos.
A recomendação médica é que todas as mulheres a partir dos 40 anos façam mamografia anualmente, mesmo que não apresentem sintomas.
“Mulheres jovens também podem ter câncer de mama?”
Sim. Embora a maioria dos casos seja diagnosticada a partir dos 50 anos, cerca de 30% dos diagnósticos no Brasil ocorrem antes dessa idade. Mulheres jovens com histórico familiar de câncer ou alterações genéticas conhecidas, como nos genes BRCA1 e BRCA2, apresentam maior risco. Além disso, o câncer de mama nesse grupo tende a ser mais agressivo e frequentemente é detectado em estágios avançados, o que reforça a importância de atenção aos sinais do corpo, manutenção de hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular, mesmo na ausência de histórico familiar.
Prevenção
Embora não seja possível evitar completamente o câncer de mama, alguns hábitos reduzem o risco e favorecem a saúde global:
- Manter uma alimentação equilibrada
- Praticar atividade física regularmente
- Controlar o peso corporal
- Evitar o consumo de álcool e o tabagismo
- Fazer check-ups e exames preventivos com regularidade
Informação e Prevenção salvam vidas
60% dos casos de câncer de mama são descobertos em estágios avançados, quando as chances de cura diminuem drasticamente. Isso, na maioria das vezes, acontece por falta de prevenção.
A mulher que se cuida, que realiza seus exames de rotina e mantém acompanhamento regular com o ginecologista, aumenta imensamente suas chances de diagnóstico precoce e cura.
O cuidado precisa ser todos os dias e Outubro Rosa traz um lembrete importante: informação, rastreamento adequado e acesso rápido à avaliação médica reduz mortes por câncer de mama.
Não deixe para depois: marque sua consulta, esclareça dúvidas com profissionais qualificados e, se for o caso, agende sua mamografia.
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