Em dezembro de 2025, o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil alcançou a marca de eliminação da transmissão vertical do HIV, a transmissão do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. O anúncio foi feito após a consolidação de dados que mostram que o país manteve, de forma sustentada, índices considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou menos de 0,5 caso de HIV por mil nascidos vivos e taxa de transmissão vertical inferior a 2%. Esses números representam o nível necessário para solicitar a certificação internacional de eliminação do HIV de mãe para filho junto à Organização Pan-Americana da Saúde e à Organização Mundial da Saúde.
Entre 2023 e 2024, o país também apresentou redução de 7,9% no número de gestantes vivendo com HIV e queda de 4,2% no total de crianças expostas ao vírus. Além disso, o início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%, indicando maior eficácia no atendimento imediato após o nascimento.
O papel decisivo do pré-natal
Esse avanço está diretamente relacionado ao acesso do pré-natal e à testagem precoce. Atualmente, mais de 95% das gestantes realizam pelo menos uma consulta de pré-natal com testagem para HIV, o que permite identificar e iniciar o tratamento rapidamente. A terapia antirretroviral moderna possibilita manter a carga viral indetectável, reduzindo drasticamente o risco de transmissão para o bebê.
Por que essa conquista é tão importante?
A eliminação da transmissão vertical do HIV representa um avanço significativo para a saúde e para o enfrentamento do HIV no país. Significa que gestantes vivendo com HIV podem ter filhos com segurança quando recebem acompanhamento adequado.
Agora o foco é manter o progresso
Apesar do avanço histórico, especialistas alertam que a manutenção dos resultados depende da continuidade do acesso ao pré-natal, exames, início rápido do tratamento e da continuidade da assistência às famílias.
As ações de educação em saúde também permanecem fundamentais para ampliar a informação e reduzir barreiras relacionadas ao medo e ao preconceito, ajudando a incentivar o cuidado precoce.
Esse marco reforça a importância do acompanhamento regular das gestantes, da testagem precoce e da orientação adequada durante todo o ciclo gestacional. Informar pacientes e fortalecer a responsabilidade compartilhada entre profissionais e famílias são passos fundamentais para manter a prevenção e proteger a saúde das futuras gerações.
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