A Helicobacter pylori, conhecida como H. pylori é uma bactéria que se instala no estômago e provoca sintomas de dor e desconforto abdominal. A infecção por H. pylori causa gastrite crônica ativa. Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, na maioria das pessoas, a infecção pode permanecer clinicamente silenciosa ao longo da vida, mas em uma minoria ela causa doenças como úlceras pépticas e câncer de estômago. Também aumenta o risco de ulceração e hemorragia em pacientes que recebem anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como a aspirina.
Estima-se que metade da população mundial esteja contaminada por essa bactéria, porém podem ser identificados regiões com maior número de infecção. A H. pylori é reconhecida como um patógeno humano mais comum, mas por conta da ausência de tratamento e de conhecimento em determinadas regiões, continua sendo uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, 2021.
A H.pylori libera amônia para conseguir sobreviver a acidez do estômago. Essa substância provoca lesões na mucosa estomacal, gerando processos inflamatórios de gastrite e úlcera pépticas.
Como é feito o diagnóstico da H. pylori?
Os testes de diagnósticos da H. pylori podem ser invasivos (endoscópicos) ou não invasivos (sem endoscópios). O especialista pode decidir pela melhor forma, de acordo com o histórico do paciente. A combinação das duas modalidades de teste retiradas de duas localizações topográficas no estômago é geralmente mais eficaz para o diagnóstico.
De todos os testes a mais comum é a avaliação clínica, mas podem ser feitos testes fecais, de sorologia, testes respiratórios, bem como o próprio teste por endoscopia.
Como a H.pylori é tratada?
Para tratar a presença de H. pylori no estômago é normalmente adotado o uso de medicamentos. São administradas antibióticos junto com inibidores da bomba de prótons, como:
- amoxicilina;
- omeprazol;
- tetraciclina;
- metronidazol;
- claritromicina;
O uso de medicamentos tem como objetivo conter a infecção ao eliminar a bactéria e, simultaneamente, controlar a produção de ácido estomacal para que ocorra a cicatrização das feridas abertas no estômago, reduzindo o processo inflamatório.
O tratamento da H.pylori pode desencadear efeitos ligados a administração do uso de medicamentos, podendo provocar dores de cabeça, diarreia, constipação, náuseas, escurecimento das fezes e da limpa e alteração de paladar. No entanto, tudo depende da sensibilidade da pessoa ao tratamento, sendo necessário o acompanhamento com o especialista.